ParáPaz promove capacitação para o fortalecimento da rede de proteção do Estado
A rede de proteção representa uma forma de atenção voltada para a infância e adolescência, que visa à atuação integrada e articulada das instituições, órgãos e atores que atuam no atendimento de crianças, adolescentes e suas famílias.
Pensando no fortalecimento desta rede, a Fundação ParáPaz promoveu, na segunda e terça-feira (19 e 20), a 13ª Capacitação do Sistema de Garantia de Direitos de Crianças e Adolescentes, destacando sobre a importância do Fluxo de Atendimento, principalmente no interior do Estado, e de como ele interfere na vida das vítimas, como explicou Vânia Tangerino, assistente social e coordenadora da unidade ParáPaz Polícia Científica.
“Belém está mais próxima da realidade, mas os municípios do interior ainda têm dificuldade no acolhimento e na execução da escuta especializada o que acaba causando a revitimização, exatamente o que não se espera que aconteça. A Lei (13.431/17) fala que a responsabilidade não é somente da assistência. É da saúde, da educação, da segurança, então é uma rede de atendimento onde uma falha pode ser fatal”, alertou Vânia.
Dentro da programação, que ocorreu no auditório do Centur, em Belém, foram realizadas várias palestras por órgãos que integram a rede, como o Ministério Público do Pará; Defensoria Pública; Conselho Estadual e Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente; Unicef; Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) e Fundação ParáPaz.
Liani Dias, diretora de Políticas Sociais na Fundação ParáPaz, ressaltou que o objetivo da capacitação é alcançar cada vez mais profissionais e até mesmo a sociedade civil a fim de esclarecer de que forma o fluxo precisa funcionar, garantindo melhor acolhimento e proteção às crianças e aos adolescentes em situação de violência.
Olivane Martins, de 28 anos, esteve presente na capacitação por achar relevante os assuntos citados. Pontuando que o conhecimento é essencial para orientar quando houver necessidade. “Sou ribeirinha das Ilhas de Abaetetuba e acho muito importante saber como proceder em caso de violência contra as crianças. É um assunto que deve ser falado e discutido para melhorar cada vez mais”, disse a técnica de enfermagem e engenheira civil.
Por Nathalia Mota