Equipe do Lacen oferece exames e testes rápidos na Caravana Pro Paz
O coordenador do laboratório, Kléber Soares, destacou a preocupação com a qualidade dos serviços oferecidos à população.
Com o resultado do exame de sangue há um mês, Maria Raimunda de Jesus Noronha, 54 anos, moradora de Ponta de Pedras, município do Arquipélago do Marajó, decidiu não esperar pelo dia de levar ao médico. Ela aproveitou a passagem da Caravana Pro Paz pelo município, no sábado (31). "Minha consulta estava marcada para a semana que vem, mas como os médicos estão aqui, eu vim logo", disse Maria, que depois de passar por uma consulta com o clínico geral soube que estava com o colesterol alterado. Ela foi logo encaminhada para colher o sangue e refazer o exame. "É bom que eu já faço logo, e o médico verifica o resultado", ressaltou a moradora.
A rapidez e eficiência no atendimento só é possível porque a Caravana tem um laboratório de análises clínicas, montado dentro do barco. O Laboratório Central (Lacen), vinculado à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), oferece os exames, com uma equipe de nove servidores. "Nossa maior preocupação é com a qualidade do serviço, por isso trouxemos aparelhos, entre eles de bioquímica, para atender a população do Marajó", informou Kleber Soares, coordenador do Lacen.
Em média, o laboratório realiza cerca de 600 procedimentos por dia, incluindo 20 tipos de exames e testes rápidos, como para verificação de colesterol, triglicerídeos, glicose, ureia, creatina, TGP, TGO, fator reumatóide, hemograma, Hepatites B e C, sífilis, HIV, PSA (exame para detectar câncer de próstata) e PCCU (preventivo de câncer do colo do útero). Para o clínico geral Daniel Rothman, "ter essa retaguarda de exames e testes rápidos ajuda a complementar o diagnóstico".
A dona de casa Maria do Socorro da Silva Ferreira passou pela consulta com o ginecologista e fez o preventivo. "Sei que é importante. Faço todos os anos e, como a Caravana chegou, resolvi fazer logo", informou.
Diagnósticos - Durante seis dias de ações, entre os municípios de Soure, Salvaterra e Ponta de Pedras, foram diagnosticados dois casos de sífilis, dois de hepatite (dos tipos B e C), e verificados sete exames de PSA e quatro de PCCU alterados. Todos já foram referenciados para tratamento.
"O protocolo é regular esses pacientes para Belém, para fazer biópsia e iniciar o tratamento. Essa é uma preocupação do Estado. Não basta apenas detectarmos a doença; temos que resolver, com prioridade", afirmou a coordenadora do Pro Paz, Cláudia Vinagre.
Rosiele Ferreira de Oliveira, 22 anos, procurou exames para o filho, de 4 anos, que tem anemia. "Ele chora com a agulha, mas o exame é importante”, afirmou.
Texto:
Brena Moreira - Pro Paz