Alunos de projeto apoiado pelo Governo do Estado recebem certificados
Trinta e dois jovens participantes do projeto Protagonismo de Adolescentes e Viva Melhor Sabendo Jovem, da Plataforma dos Centros Urbanos (PCU), vinculada ao Unicef em Belém, foram certificados como jovens articuladores na noite desta sexta-feira (13) no auditório da Universidade do Estado do Pará (Uepa) no Marco.
Realizado em parceria com a Prefeitura de Belém, Governo do Pará – por meio da Fundação Pro Paz e da Secretaria Extraordinária de Politícas Públicas (Seeips) –, além do Instituto Peabiru, o projeto tem como objetivo desenvolver competências visando à participação cidadã de adolescentes e jovens em instâncias formais e informais, para reflexão e proposição de políticas públicas, criando uma rede de mobilização entre os estudantes da rede pública de ensino.
Durante três meses, jovens vindos de coletivos e movimentos sociais foram capacitados em diversos temas, como combate ao HIV e à doenças venéreas, cultura de paz, educomunicação, controle social, prevenção do uso abusivo de álcool e outras drogas e a lutar contra o mosquito Aedes aegypti – transmissor da dengue, da zika e da chikungunya.
Participaram do projeto adolescentes e jovens da Rede + Pará, Tela Firme, Grupo de Resistência de Travestis e Transexuais da Amazônia (Gretta), Coletivo de Homens Trans, Juventude Unida pela Vida na Amazônia (Juva), Universidade Popular (Unipop), Federação de Órgãos para a Assistência Social e Educacional (Fase) e jovens atendidos pelo Pro Paz Escola.
Dentre as estratégias adotadas, a mais importante foi o desenvolvimento de competências dos jovens para participação em projetos dentro da escola, além da vontade de fazer parte das mudanças e melhorias nesses espaços, se tornando multiplicadores de informações que ajudam na prevenção de doenças.
“Buscamos cada vez mais fomentar o protagonismo juvenil e a valorização da postura dos jovens frente a outros jovens, capacitando-os para que possam interagir com seus pares dentro das escolas, disseminando a cultura de paz. Com este projeto queremos que os alunos se sintam incluídos e participem cada vez mais, propondo políticas públicas para melhoria do coletivo em que vivem”, afirmou Jorge Bittencourt, presidente da Fundação Pro Paz.
Tássia Alves, 19 anos, estudante de psicologia da UFPA, afirma que o projeto trouxe um crescimento como jovem pertencente de uma comunidade. “Sou articuladora do PCU desde 2014. Os temas das oficinas formativas foram essenciais para que o meu empoderamento se ampliasse e desse um novo significado para a minha formação acadêmica”, afirmou.
“Nós discutimos vários temas e a proposta é a juventude falar com a juventude. É maravilhoso passar esses conhecimentos que adquirimos com outros alunos. Eu achei que sabia muito, mas não sabia. Quero usar esse conhecimento que tenho hoje para ajudar outros jovens como eu”, relatou Pablo Vitalino, 20 anos.
Para Ida Oliveira, oficial de comunicação do Unicef em Belém, mais do que tudo, o projeto vem para fortalecer a juventude do Estado. “Estes jovens foram capacitados e se tornaram articuladores de informações para outros jovens, e essa é a ideia. Que eles juntos se ouçam, promovendo seu protagonismo na luta por direitos. Queremos fazer com que estes jovens sejam vistos não mais como um problema e sim com uma perspectiva de mudança social. Para isto foram fundamentais nossos parceiros, que se envolveram neste processo, Pro Paz, Prefeitura de Belém, Seeips e Instituto Peabiru”, afirmou.
A Plataforma dos Centros Urbanos (PCU) é uma contribuição do Unicef na busca de um modelo de desenvolvimento inclusivo das grandes cidades, que reduza as desigualdades que afetam a vida de suas crianças e seus adolescentes. Trata-se de uma metodologia que visa à implementação de políticas públicas e ações voltadas para a infância e a adolescência, a partir do trabalho em rede e da participação popular. Em 2014, Belém entrou para o grupo de cidades brasileiras que desenvolvem a PCU, por meio do compromisso assumido pelo Governo do Estado e Prefeitura de Belém com o Unicef.
Por Mayara Albuquerque