Home » Noticia » III Simpósio de Justiça Restaurativa prossegue com palestras no Hangar
  • Increase
  • Decrease

Current Size: 100%

III Simpósio de Justiça Restaurativa prossegue com palestras no Hangar

×

Error message

The text size have not been saved, because your browser do not accept cookies.

Agência Pará de Notícias

No segundo dia de palestras do III Simpósio Internacional de Justiça Restaurativa, nesta terça-feira (13), no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, a programação continuou o ciclo de palestras e exposições sobre o tema. Pela manhã, os palesrantes foram Carolyn Boyes Watson, Ilvaneide Ferreira Carvalho, Antonia Lima Sousa e Barry D. Stuart. A professora de sociologia e diretora-fundadora do Centro de Justiça Restaurativa da Suffolk University, em Boston (EUA), Carolyn Boyes-Watson, falou sobre a importância da população no trabalho.

Segundo Carolyn, a população precisa participar intensamente do processo de justiça, para conscientizar sobre a prática de justiça restaurativa. “Quando a justiça acontece, ela muda as pessoas, e para mudar para melhor a comunidade precisa participar ativamente deste processo, de substituição do sistema punitivo que existe aqui”, afirmou.
Carolyn Boyes Watson destacou também que a justiça restaurativa ajuda a minimizar a taxa de encarceramento e falou sobre a importância de investir em novos processos judiciais. “O investimento é necessario para que novos caminhos apareçam e mude este sistema vigente”, reforçou. Ainda pela manhã, os participantes conheceram os processos de justiça restaurativa do Maranhão e do Ceará, com projetos que deram certo.
Um desses projetos é o “Restauração”, parceria entre a 2ª Vara da Casa da Justiça, com competência em infância e juventude, Prefeitura de São José de Ribamar (MA), Fundação Terre des Hommes, Ministério Público e Defensoria Pública, com apoio do Ministério da Justiça. A ação criou espaços e um Núcleo de Justiça Juvenil Restaurativa, que atuam no município.
A palestra que encerrou a programação pela manhã foi com Barry D. Stuart, que tem mais de 40 anos de experiência na área de justiça restaurativa. Para ele, a comunidade tem papel importante para definir a melhor maneira de aplicar essa modalidade judicial. “É necessário um diálogo com a comunidade para saber a melhor maneira de tratar o assunto”, reforçou.
Barry Stuart disse ainda que a justiça restaurativa pode mudar o convívio em sociedade, garantindo maior tranquilidade e melhorando a convivência entre as pessoas. “Podemos dar uma reviravolta em nossas comunidades. Vocês estão em uma jornada maravilhosa aqui no simpósio. Daqui podem sair novos líderes comunitários, com novas ideias para a convivência entre todos”, afirmou.
A mediadora da palestra, a coordenadora do Comitê Gestor do Programa Pro Paz, Izabela Jatene, afirmou que o simpósio é uma oportunidade de o Estado aprender novas práticas de justiça restaurativa com profissionais qualificados, além de ver os novos projetos que outros Estados do país desenvolvem com a temática.
“É uma possibilidade de troca de experiências com profissionais experientes e com outros Estados, de reforçar o conhecimento e ter a certeza que cada Estado vai ter um modelo diferente de justiça restaurativa, pois existem a questão de valores, cultural, e as estruturas que cada Estado tem. Compreendendo que com essa diversidade podemos gerar um ciclo de paz”, disse Izabela Jatene, citando os projetos do Pro Paz, que foram elogiados pelos palestrantes do evento como um meio de praticar a justiça restaurativa no Pará.
“O Pro Paz é fundamental porque ele está focado na cultura de paz, e a justiça restaurativa nada mais é que um grande instrumento de difusão da cultura de paz. Isso é resultado de um trabalho em equipe, do governo, da sociedade civil organizada e das parcerias que construímos. Quando um projeto é executado com a sociedade, fica mais fácil ter um reconhecimento e conseguir se estabelecer. A sociedade fala por nós e reconhece o nosso trabalho”, declarou.
 

Texto:
Brena Moreira - Pro Paz
Fone: (91) 3201-3633 / (91) 8895-6960
Email: brenamoreira@gmail.com