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Desde que ingressou no primeiro ano do ensino médio, a estudante Oziane Rebeca Miranda da Costa, 15 anos, compreendeu que teria de adotar a leitura como prática cotidiana para ampliar e expressar conhecimentos e criações, rumo à conclusão do ciclo escolar em busca do ingresso no ensino superior. Os resultados dessa dedicação logo vieram. Oziane aumentou o rendimento escolar e, agora, conquistou o primeiro lugar no concurso de redações da Copa Verde, promoção da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

Como prêmio, a estudante ganhou passagens aéreas para ir com um acompanhante a Brasília (DF), para assistir à final da Copa Verde de Futebol, entre Gama e Paysandu, na terça-feira (10). Oziane faz o segundo ano do ensino médio na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Justo Chermont, no bairro da Pedreira.

Em quatro parágrafos, ao abordar o tema do concurso “Consciência ecológica: carbono zero”, Oziane iniciou a redação citando o escritor russo Leon Tostoi para questionar: como mudar a humanidade, como se fala tanto hoje em dia, indo contra princípios pessoas e combatendo o desequilíbrio provocado nas condições ambientais do planeta Terra pelas ações humanas? Para a estudante, o carbono zero não é possível pelo fato de que os seres humanos necessitam do CO2 para viver. “O problema é o excesso de carbono depositado na atmosfera em virtude do desmatamento, queima de combustíveis fósseis e outros fatores”, diz.

Consciência – O acúmulo do carbono na atmosfera gera o efeito estufa, que por sua vez causa o derretimento das calotas polares e o aumento da temperatura e da incidência de doenças respiratórias e cancerígenas. Como medidas emergenciais contra esse processo, Oziane propõe no texto o plantio de árvores, reciclagem de lixo, reaproveitamento de material e objetos e a redução do uso de veículos rodoviários e de produtos industrializados que contribuam para o desmatamento de áreas verdes. “São pequenas ações que podem contribuir para grandes mudanças”, afirma a estudante.

Para fazer a redação, Oziane recebeu orientações dos professores da Escola Justo Chermont, como Márcia Cavalcante e Arthur Brito, de Língua Portuguesa, e Lúcio Oliveira, de Biologia. Participaram do concurso textos de alunos de 14 e 15 anos da escola e também da Escola Estadual Dom Pedro I, do bairro de Va-de-Cans, pelo Pará, além de estudantes de Manaus (AM). A seleção das redações mobilizou técnicos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e do Pro Paz. O concurso foi aberto em abril e o resultado saiu no último dia 5 de maio.

“Essa conquista da aluna do Justo Chermont é um incentivo para todos os colegas de turma dela, dos estudantes da escola e de outras escolas da rede estadual. Ficamos felizes pela Oziane, pelo empenho dela em aprender em conjunto com os professores da escola”, afirmou o secretário adjunto de Ensino da Seduc, Roberto Silva. “O professor trabalhou aspectos da Biologia e eu, o uso funcional da língua, a aprendizagem significativa, ou seja, o uso adequado do idioma para cada situação”, salientou a professora Márcia.

“Gosto de ler porque com os livros a gente aprende coisas novas. Sempre busco conhecimento nos livros, revistas, vídeos, e pesquiso muito também na internet, no celular”, conta Oziane, que agora se prepara para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A jovem pretende cursar ou Medicina ou Comunicação Social – Jornalismo. “Tenho como meta ler um livro a cada mês”, revela. Os pais da estudante, o técnico de enfermagem Oziel Araújo e a mãe, a comerciária Elisana Costa, são os maiores incentivadores da filha na prática da leitura. “Eu, como boa torcedora do Paysandu, vou torcer muito pelo meu clube em Brasília”, diz a menina.

Por Eduardo Rocha

 

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