Fotos: Tiago Furtado/ Ascom Pro Paz
O modelo de atendimento do Pro Paz Mulher, projeto que oferece atendimento integral e humanizado às vítimas de violência, foi apresentado nesta sexta-feira (28) no seminário “Violência contra a mulher: conhecer para garantir direitos”, promovido pela Fundação Papa João XXIII (Funpapa), no auditório Desembargador Wilson Marques, no Fórum Criminal de Belém. A programação foi alusiva ao Dia Internacional da Não Violência Contra a Mulher, celebrado no último dia 25, e teve a participação de servidores da Funpapa e de Cras e Creas de Belém.
A psicóloga do Pro Paz Mulher Adriana dos Reis apresentou o modelo de atendimento do projeto, que funciona desde julho deste ano e tem como principal objetivo oferecer assistência integral às vítimas de violência em um único espaço. Para Adriana, eventos como o da Funpapa ajudam na integração dos serviços de assistência e no fortalecimento da rede de enfrentamento à violência contra a mulher.
“Esse é um momento em que podemos conhecer quem está do nosso lado no atendimento às mulheres, além de orientar os profissionais que atuam principalmente nos Cras e Creas do município, porque são eles que estão em contato direto com as comunidades e que podem encaminhar a vítima de violência até um espaço que ofereça atendimento integral”, declarou.
A Casa Abrigo Emanuelle Rendeiro Diniz (Caerd) é um espaço destinado à proteção da mulher vítima de violência doméstica, vinculado à Funpapa, que oferece atividades socioeducativas, atendimentos psicossociais e encaminhamento à rede de serviço intersetorial, acompanhamento em atividades externas, visitas domiciliares e encontro familiar. Segundo a coordenadora do espaço, Carlota Tourão, a programação ajuda os funcionários do município a se apropriarem melhor da temática da violência contra mulher, além de conhecer melhor os outros serviços de atendimentos, como o Pro Paz Mulher.
“Geralmente o nosso abrigo recebe a mulher que vem das delegacias. Fazemos um acolhimento às vítimas que chegam bastante machucadas, não apenas fisicamente como psicologicamente. O Pro Paz Mulher evita a revitimização. Muitas mulheres percorriam um longo caminho até chegar ao nosso abrigo, e agora elas contam com um espaço em que podem ter todo o atendimento necessário de maneira rápida e eficiente”, disse Carlota Tourão.
A programação também contou com a discussão de diversos temas, como os diferentes tipos de violência contra a mulher, os diversos tipos de acolhimento existentes às vítimas de violência e o papel do poder judiciário no combate à violência doméstica e na garantira de direitos.
Texto:
Tiago Furtado